O Brasil está na rota dos grandes eventos geeks e de e-sports
Nestes dias, eu estava acompanhando os
tradicionais grandes eventos de música, games e e-sports e percebi que,
principalmente em termos de patrocínio, eles estão bem menores do que
nos anos anteriores.
A Brasil Game
Show (BGS), por exemplo, reduziu suas proporções e trará menos estandes.
Sem falar que o festival Tomorrowland foi cancelado no começo do ano.
E, claro, o motivo é bem simples e muito falado: a crise.
Empresas
que, antes contavam com cotas para gastar em marketing e patrocínios,
tiveram de diminuir esses valores e, com isso, passaram a investir menos
no setor de entretenimento e eventos. O que faz com que todo mundo
perca com tal retração.
Se você olhar
com cautela toda a cadeia da área de entretenimento que deixa de ser
movimentada, com certeza se espantará com tanto trabalho que é cortado e
isso também se reflete em todos os setores da indústria de games.
A
falta de um órgão governamental que realmente ajude o setor e veja a
área de entretenimento como uma verdadeira fonte de renda há muito tempo
faz falta no Brasil. Não adianta ficar criando pequenos editais para
dar “migalhas” e esperar que tudo mude. O que realmente falta é uma
política eficiente de incentivo do segmento.
Nos
e-sports (esportes eletrônicos), por exemplo, podemos ver que vários
dos ótimos times brasileiros que se destacam (que não são poucos) sequer
podem usar os incentivos da lei de esportes, porque simplesmente nossos
governantes fecham os olhos ou não procuram entender o setor. E,
enquanto isso, outros países estão correndo para se destacar na área,
como a Dinamarca, que dá apoio para o seu time de e-sports, o Astralis. A
conclusão disso é que o time tem ganhado vários campeonatos ao redor do
mundo.
Nós temos todo o ecossistema
pronto aqui, com praticamente a terceira maior audiência no mundo para
e-sports, segundo pesquisa recente da Newzoo. Há vários times nacionais
que dão orgulho, como SK e Immortals. O que falta? Nossos governantes
abrirem os olhos para esse potencial a ser explorado ou deixarem de
atrapalhar a dinâmica do mercado.
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