Gráficos são importantes mas não tudo para definir o sucesso de um jogo


Atualmente, o público gamer é dividido por uma discussão: gráficos. Para uns, é um dos elementos mais importantes do videogame e absoluto. "Qual desses tem o melhor gráfico?" é um dos pontos levantados na dúvida entre qualquer jogo. Para outros, esse não é um dos pontos mais importantes.

 Os sites de notícias sobre games levam esse fator em consideração. Mas até onde você, caro jogador e leitor, é afetado por isso?

Para determinar o que compreende a questão gráfica, temos de discutir sobre pixels e frames per second (FPS). Os pixels, aquilo que lemos como 720p a 1080p, são a quantidade de pontos (a menor parte de uma imagem) que são vistos em tela.

Quanto maior o número de pixels, menos você enxerga dessa linearidade e mais se aproxima do que temos na realidade. Em termos leigos, é a diferença de assistir um DVD (em sua maioria, 480p) para um Blu-Ray (720p a 1080p).

Já o FPS (quadros por segundo) é a quantidade de imagens distintas que aparecem a cada segundo na tela. Como no cinema, em que cada fotografia é sobreposta em velocidades absurdas para renderizar o filme numa qualidade, assim também é no videogame.

Hoje isso se divide entre os 30 FPS e 60 FPS. Quem decide o que roda entre uma delas é o jogo e o poder do aparelho. Em resumo, tanto o PlayStation 4 quanto o Xbox One rodam 60 FPS em poder gráfico. A Nintendo com o Switch atingem 30 FPS.

Agora que compreendemos a diferença entre tudo isso, vamos falar o que isso muda no geral. Na guerra de consoles, Sonystas vs Caixistas, esse é o principal ponto de debate. O que poucos sabem é que ambos rodam na mesma proporção. As empresas de jogos têm certos problemas para adaptar-se ao poder do Xbox One, por exemplo, e diminuem a taxa de FPS para que isso ocorra de forma mais fluida. Isso já não ocorre no PlayStation 4 e o Nintendo Switch não possui esta preocupação.

Visualmente, não há diferença alguma. Você pode até reparar em um ou outro serrilhado na tela, mas isto é mais culpa da desenvolvedora do jogo do que dos fabricantes do console. É o que chamamos de "portar" o game - fazê-lo em uma plataforma e migrar para a outra sem maiores retoques. O que, tecnicamente, possui uma diferença gigantesca na prática não te afetará muito.

É óbvio que o PlayStation 4 e o Xbox One possuem diferenças e isso pode ser visto claramente. Cada console é voltado para um público específico e com condições próprias para uso de certas formas. Cabe uma comparação, mas não um julgamento. Dependendo do ponto de vista, até mesmo em quesito gráfico, até o Nintendo Switch vale.

O The Legend of Zelda: Breath of the Wild, apesar de ter um design cartunesco e não suscetível a equivalência, em termos de jogo é tão incrível quanto Horizon Zero Dawn, que possui uma das melhores representações de como somos na realidade.

Jogos como Rocket League (PS4, Xbox One, PC e, futuramente, Nintendo Switch), Arms (Nintendo Switch), Overwatch (PS4, Xbox One e PC), entre muitos outros, não precisam de ótimas definições para divertir a todos e trazer uma excelente experiência de game. Até mesmo o aclamado League of Legends (PC) move milhões de jogadores e permite uma gama de campeonatos profissionais mundo afora.

Em resumo, gráficos são excelentes e nos fazem nos maravilharmos com os games na geração que estamos. Mas não são tudo. É possível encontrar diversão com ou sem eles, depende muito de quem está jogando. Além disso, deixa de gerar debates quanto a este quesito e passamos a observar se os elementos do game realmente oferecem aquilo que nós buscamos.

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